terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Retrospectiva: os 10 maiores escândalos políticos da década

Reveja quais foram os escândalos políticos mais marcantes da última década
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denuncia o esquema do mensalão, que desencadeou a mais grave crise política do governo Lula. Segundo ele, o PT pagava mesada de R$ 30 mil a deputados da base aliada, em uma estrutura criminosa coordenada por José Dirceu e Delúbio Soares e operada por Marcos Valério. Com 40 réus, o esquema está sob investigação do Supremo Tribunal Federal.

Em novembro de 2009, Durval Barbosa, ex-secretário do governo do DF, divulgou imagens que levaram à prisão do governador José Roberto Arruda (DEM). Os vídeos mostram Arruda recebendo um pacote de Barbosa - o então governador afirmou que o dinheiro serviria para compra de panetones e brindes de Natal para crianças pobres.

Surgem em março de 2009 denúncias contra dois diretores do Senado indicados pelo vencedor, José Sarney (PMDB-AP), envolvendo a falta de registro de uma casa de um deles e o uso de apartamento funcional por parentes de outro. Em junho, foi denunciada a existência dos atos secretos - um deles, desconhecido até então, beneficiava um neto de Sarney, presidente da Casa.

Às vésperas das eleições presidenciais de 2002, a pré-candidata Roseana Sarney, do PFL (atual Democratas) começou a abrir vantagem nas pesquisas em relação ao tucano José Serra. Uma operação da Polícia Federal achou R$ 1,3 milhão na sede da construtora Lunus, em São Luís. O dono da empresa era o marido de Roseana, Jorge Murad. Uma pilha de dinheiro, supostamente endereçada à campanha dela, foi exibida em rede nacional.

Em maio de 2006, a Polícia Federal desbaratou a chamada máfia das ambulâncias. Desde 2001, mais de R$ 110 milhões foram desviados dos cofres públicos. Mais de 50 pessoas foram presas, entre as quais ex-deputados federais e assessores parlamentares. A máfia pagava propinas a congressistas, que destinavam emendas individuais para a compra de ambulâncias. Mais de 80 políticos estavam sob suspeita.

Duas semanas antes do primeiro turno das eleições presidenciais de 2006, petistas foram presos enquanto tentavam comprar um dossiê falso com informações sobre tucanos. Eles tinham R$ 1,7 milhão, de origem desconhecida. O documento ligaria o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, e outros membros do partido à máfia das ambulâncias. Envolvido no caso estava um assessor de Aloizio Mercadante. O apelido aloprados foi dado pelo presidente Lula.
 

De acordo com a revista Veja, Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, intermediou interesses de uma empresa de transporte aéreo com os Correios mediante pagamento de propina. Erenice, que era assessora de Dilma quando a presidente eleita ocupou o cargo, negou as acusações, que ganharam desdobramentos. Sem apoio interno, foi levada a pedir demissão.



Em 2006, jornais estrangeiros noticiaram que a empresa Alstom pagava propina a políticos de vários países para participar de obras de infraestrutura. Uma das principais fornecedoras do metrô paulista, a companhia foi associada ao PSDB de Geraldo Alckmin. Denúncias posteriores indicaram que a Alstom pagou quase US$ 7 milhões para vencer uma licitação, por meio de empresas offshore.

Em 2009, a operação Castelo de Areia da PF indicou que a empreiteira Camargo Corrêa enviou remessas ilegais de dólares para o exterior, superfaturou obras públicas com dois objetivos: lucrar e contribuir com partidos políticos. A empresa nega, mas escutas apontam que PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT, PMDB e PP receberam recursos. Os partidos rejeitam a acusação. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) também aparece, como intermediária, mas também nega.

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Em 2009, o deputado Edmar Moreira, então no DEM, colocou à venda um castelo no interior de Minas por US$ 25 milhões. Na declaração dele à Justiça Eleitoral, em 2006, constavam bens avaliados em R$ 9 milhões. Edmar acabara de se eleger 2° vice-presidente da Mesa Diretora e corregedor da Câmara. Foi forçado a deixar o DEM e renunciou ao cargo de corregedor. Mas manteve-se como deputado e filiou-se ao PR. Em 2010, não se reelegeu em 2010.

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